O Maranhão ganhou destaque em atendimento de combate a hanseníase. Apesar de está na terceira posição entre os estados que mais tem casos da doença registrados, o Maranhão aparece no topo da lista dos que mais combateram a doença por meio da Carreata da Saúde.
Em todo o país, o projeto já foi responsável por 70 mil atendimentos. Só no Maranhão, foram 17 mil. Também foram diagnosticados 601 novos casos da doença em mais de 150 municípios percorridos pela Carreata no estado. O projeto completa 10 anos como um dos principais de erradicação da doença no país. Pacientes recebem o diagnóstico e tratamento completo por meio de medicamentos doados à OMS.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Maranhão é o terceiro estado do país com mais casos de hanseníase e o primeiro do Nordeste. A hanseníase é considerada um problema de saúde pública por décadas. Embora a doença tenha sido controlada na maior parte do mundo, ela continua a afetar cerca de 200 mil pessoas por ano, especialmente em países como o Brasil, Índia e Indonésia.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica e curável que causa, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos. O Brasil está em segundo lugar no ranking de países com novos casos de hanseníase, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, há uma redução de 34,1% no número de novos casos diagnosticados no país entre 2006 e 2015³. A queda é reflexo de uma série de ações implantadas para o enfrentamento da doença, como é o caso da Carreta Novartis da Saúde.
Comumente conhecida como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e reduz a sensibilidade da pele. Geralmente, o distúrbio ocasiona manchas esbranquiçadas em áreas como mãos, pés e olhos, mas também pode afetar o rosto, as orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.
Combate à doença no país
Segundo dados cadastrados no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), entre 2014 e 2018 o projeto já percorreu quase 500 municípios de diferentes estados, realizou cerca de 70 mil atendimentos e concluiu o diagnóstico de 2.369 pessoas, que foram encaminhadas para o tratamento adequado.
Além do atendimento à população, a Carreta realiza o treinamento de profissionais da área da saúde pública em municípios brasileiros, com o objetivo de ampliar os conhecimentos dos profissionais em relação ao combate à doença. A capacitação é realizada em parceria com a Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos (DAHW). Em 2018, 1.900 profissionais de saúde pública foram treinados.
A Carreta Novartis da Saúde está em atividade desde 2009. Trata-se de um caminhão itinerante com cinco consultórios e um laboratório que percorre estados brasileiros, oferecendo atendimento gratuito e exames, além de esclarecer dúvidas e conscientizar a população sobre a prevenção.
Após o diagnóstico, os pacientes recebem o tratamento completo por meio de medicamentos da Novartis doados à Organização Mundial da Saúde (OMS), que os repassa a países como o Brasil. O tratamento poliquimioterapia (PQT), que está disponível gratuitamente em toda a rede pública do Brasil, cura a hanseníase, interrompe sua transmissão e previne as deformidades.
O projeto é resultado de uma parceria com o Ministério da Saúde, com apoio do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e do CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), que buscam a erradicação da doença até 2020. Estima-se que a carreta seja responsável por cerca de 25% de todos os diagnósticos realizados no país.
Fonte: Portal Guara