A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nota informativa, na quarta-feira (29), com medidas preventivas e orientações sobre o novo coronavírus (2019-nCov), para auxiliar os serviços de saúde da rede pública e privada do estado sobre os critérios de definição de casos, notificação, coleta e envio de amostras para investigação laboratorial de casos suspeitos e acompanhamento de possíveis casos. Outra medida anunciada é o Plano de Contingência para Infecção Humano pelo 2019-nCov.
O Plano de Contingência Estadual para Infecção Humana pelo Coronavírus (2019 n-Cov) está em fase final de elaboração. “Estamos acompanhando a situação epidemiológica do 2019-nCov no mundo. Por se tratar de um novo vírus, ainda carecemos de informações precisas, entretanto, nós do Estado estamos vigilantes. Para tanto, produzimos uma nota informativa com orientações sobre o novo coronavírus e distribuímos para todas as nossas unidades da rede”, destacou a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Melo da Costa durante coletiva com a imprensa.
Segundo o infectologista Eudes Simões, a situação de risco epidemiológica do nosso estado é baixa. “Para dizermos que o vírus está circulando no país é necessário primeiro ter um caso confirmado e, a partir deste, um secundário. Do ponto de vista clínico, a sintomatologia se assemelha a uma gripe intensa. O que nos faz levantar o alerta a respeito de uma possível infecção é o vínculo epidemiológico, ou seja, além de febre e a dificuldade respiratória, é preciso ter viajado para alguma localidade considerada epicentro da doença ou ter contato direto com um caso suspeito ou confirmado”, explicou.
A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), Jakeline Trinta, explicou que o serviço da rede da SES dispõe aos profissionais de saúde o serviço de atendimento, durante todos os dias da semana. “O Cievs já realiza o monitoramento diário por meio de um trabalho articulado com a Anvisa. Estamos diante de uma situação que é de emergência pública; dessa maneira, contamos com enfermeiros para fazer busca ativa de casos suspeitos”, explicou.
Até o momento não há medicamento específico para o tratamento da Infecção Humana pelo 2019-nCoV e nem vacina. O quadro clínico é semelhante ao da gripe causada pelo vírus influenza. No Maranhão, os casos suspeitos devem ser atendidos em duas unidades de referência: UPAS da Cidade Operária e do Itaqui-Bacanga.
Os casos graves deverão ser encaminhados para rede estadual hospitalar com capacidade de atender infecções respiratórias graves (crianças/adultos/idosos). O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MA) é o laboratório responsável pela triagem das amostras e envio para o Laboratório de Referência Nacional.
De acordo o Ministério da Saúde, são considerados casos suspeitos todos os provenientes da China. Segundo o órgão, o Brasil registrou, atualmente, nove casos suspeitos de coronavírus em seis estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Ceará.
Além da China, países como Japão, Taiwan, Nepal, Tailândia, Vietnã, Coréia do Sul e Singapura registraram casos do Novo Coronavírus. No mundo, já foram confirmados 6.165 casos, destes 6.070 somente na China, que já registrou 133 óbitos. Além disso, foram confirmados 81 casos em 18 países diferentes.
O novo Coronavírus é uma grande família de vírus que causa doenças que variam de um simples resfriado a doenças mais graves. A transmissão acontece através de contato com a pessoa infectada. Entre os sintomas, estão febre, tosse e dificuldade para respirar.
Existem três definições para considerar um caso suspeito. O indivíduo apresentar sintomas de febre mais algum sinal ou sintoma respiratório; histórico de viagem para algum local onde foi confirmado casos da doença nos últimos 14 dias; ter tido contato com alguma pessoa considerada suspeita de estar infectada com o vírus ou que foi diagnosticada com a infecção também nos últimos 14 dias.
Entre as medidas preventivas, o indivíduo deve seguir algumas recomendações, são elas: lavar regularmente as mãos ou fazer uso de álcool 70% em caso de não haver água e sabão; não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como talher, copo, prato ou garrafa; cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar; evitar aglomerações e ambientes fechados, bem como ter contato físico com as mãos não lavadas; se já viajou recentemente para a China e apresenta algum sintoma, este deverá procurar o serviço de saúde mais próximo.
FONTE – MA.GOV.BR