“Em 2021, precisamos ter condições de imunizar toda a população brasileira ou a maior parcela possível de pessoas”, pontuou o secretário de Estado da Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, durante reunião técnica da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, na Câmara Federal. A vacinação contra a Covid-19 foi o tema principal da reunião, que aconteceu nesta quarta-feira (9), em Brasília.
Para o secretário Carlos Lula, o Plano Nacional de Imunização (PNI), é a estratégia mais segura e eficaz para levar as doses aos brasileiros em todas as regiões. “O PNI existe desde 1975. Todos os países olham para o Brasil para conhecer a nossa estratégia de imunização. Enquanto eles vão começar a implantar uma política de imunização em larga escala, no Brasil já temos e precisamos usar este programa. Essa capilaridade garante a imunização simultânea de brasileiros na capital e nos recantos mais distantes do nosso país”, disse.
A deputada e relatora da Comissão, Carmen Zanotto, chamou atenção para a execução de um plano unificado de vacinação. “Nós, aqui no parlamento, não vamos nos furtar – com matéria emergencial ou outro instrumento – de garantir todos os recursos necessários para que o governo brasileiro adquira o maior número de doses possíveis para a gente imunizar. O custo de uma dose de vacina é muito menor que o da ocupação de um leito de UTI ”, alertou.
Além de deputados federais e membros do Conass, participaram da reunião representantes do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e entidades da saúde.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, Juarez Cunha, pediu mais clareza nos comunicados à população quanto ao combate à pandemia e sobre a vacinação no Brasil. “A vacina não vai ser solução nem a curto nem a médio prazo. Enquanto não tem vacina, precisamos reforçar a mensagem para o uso de máscara, lavagem de mãos e evitar aglomeração”, advertiu.
Lei Covid
O presidente da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, o deputado Dr. Luizinho relembrou durante a reunião a lei nº 14.006 aprovada durante a pandemia, que permite a importação de equipamentos, medicamentos ou insumos contra o novo coronavírus validados pelas agências reguladoras de saúde dos Estados Unidos, Japão, União Europeia e China.
“A Anvisa terá até 72 horas para autorizar a importação de qualquer vacina validada no seu país de origem pela agência local – desde que haja aplicação desta mesma vacina no próprio país estrangeiro. O povo brasileiro não irá aceitar aguardar a população mundial ser vacinada para a gente ficar à mercê de quem quer que seja, esperando a boa vontade do mundo para chegar a vacina até o nosso país”, explicou o deputado.