O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Rafael Leitoa (PDT), anunciou, na manhã desta quarta-feira (4), na Sala das Comissões, que realizará audiência pública, no município de Godofredo Viana, para debater os problemas ambientais causados pela empresa mineradora Aurizona.
O parlamentar afirmou que, no primeiro semestre deste ano, a Comissão reuniu-se, por videoconferência, para discutir o mesmo assunto e ficou acertado a realização de uma audiência pública com a participação de todos os envolvidos na problemática.
“Precisamos ouvir todos os envolvidos, inclusive a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, que tem dialogado com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Defensoria Pública. Recebemos e estamos analisando relatório da empresa mineradora Aurizona e precisaremos ouvir os demais interessados”, ressaltou Leitoa.
O parlamentar acrescentou que, considerando que a Assembleia está, aos poucos, retomando suas atividades presenciais, é preciso debater, em profundidade, os problemas ambientais que acometem a população de Godofredo Viana.
Denúncia
Segundo denúncia do MAB, o rompimento da Lagoa do Pirocaua, ocorrido em 25 de março deste ano, em Godofredo Viana, teria causado contaminação do Rio Tromaí e de manguezais, bem como a destruição da estação de água do Distrito do Aurizona.
Ainda de acordo com o MAB, a região onde moram mais de 4 mil pessoas conta com importantes lagos, rios, reservas extrativistas, manguezais e florestas. Desde 2010, segundo ele, quando a empresa mineradora instalou no local um dos cinco maiores projetos de extração de ouro do Brasil, constantes explosões de dinamites ocasionam rachaduras e comprometem a estrutura das casas.
Por conta disso, o deputado Roberto Costa (MDB) apresentou requerimento à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, no primeiro semestre deste ano, propondo a audiência pública para apurar a denúncia.
Segundo Costa, a Aurizona, que pertence ao grupo privado canadense Equinox Gold, por meio de nota, minimiza o problema e nega ter havido rompimento de barragem.
FONTE – AGÊNCIA ASSEMBLEIA