No programa ‘Café com Notícias’ desta quarta-feira (31), na TV Assembleia, a superintendente de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Tayara Costa Pereira, falou sobre a ação unificadora, encabeçada pelo órgão, em busca de soluções para a questão da violência nas escolas. O I Encontro Estadual sobre Violência no Ambiente Escolar foi realizado na terça-feira (30), em parceria com as Secretarias de Estado de Educação (Seduc), de Segurança Pública (SSP), Defensoria do Estado (DPE) e Unicef.
“O tema é extremamente atual e relevante. Por isso, já é trabalhado em vários órgãos. Então, o que que a gente resolveu fazer foi juntar todos os entes para discutir sobre esse assunto e, a partir dessa discussão, traçar e planejar ações estratégicas de políticas públicas”, resumiu a superintendente.
O objetivo, segundo ela, é promover o cuidado de forma integral a estudantes, professores, gestores, pessoal da limpeza e demais funcionários. Nós estamos falando de todos que estão naquele ambiente, inclusive dos pais ou responsáveis que vão buscar, que participam de reuniões. “Os órgãos, juntos, vão se complementar e vão fazer, de fato, uma linha de cuidado como deve ser”.
De acordo com ela, a agressão física é a mais comum entre os registros feitos, mas ainda é grande a subnotificação de casos. “Um dos pontos que a gente vem discutindo é: será que o gestor, aluno, professor, sabe o que é violência?”, destacou, ao alertar sobre casos como os de bulliyng. “Isso acarreta problemas de saúde mental”, atestou
A superintendente relatou que desde 2016 há registros de violência em escolas no Maranhão. Como forma de combate, a Secretaria de Segurança montou uma equipe e reforçou medidas, a exemplo da Ronda nas Escola e do trabalho preventivo. No âmbito da SES, em parceria com a Seduc, ela destacou o programa Saúde na Escola, com adesão dos 217 municípios do estado e voltado a trabalhar a cultura da paz.
Caso haja registro de violência, é iniciado um trabalho conjunto. “Os profissionais da Saúde fazem a notificação e ficam fazendo o acompanhamento. É feito o chamamento desse gestor da educação para ficar orientando em relação àquele caso na escola, e identificar um possível outro caso”, observou Tayara Costa Pereira, afirmando que a notificação também pode ser feita por equipes do programa Saúde da Família ou unidades de saúde, nos casos de agressão física mais grave.
FONTE: ALEMA