O programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96.9 FM), entrevistou, nesta segunda-feira (19), a coordenadora de Proteção Ambiental do município de São José de Ribamar, engenheira florestal Marci Pantoja. Especialista em perícia ambiental, ela abordou as mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável. A apresentação foi da radialista Marina Sousa.
Marci Pantoja, inicialmente, disse que o conceito de desenvolvimento sustentável precisa, urgentemente, ser colocado em prática. “Acho que a sustentabilidade, hoje, é mais no campo do marketing e menos na prática. Por isso, é muito importante trabalhar essa conscientização desde o início do processo ensino-aprendizagem. O social, o ambiental e o econômico são dimensões e variáveis interdependentes que compõem a sustentabilidade. É o equilíbrio desse tripé que garante a sustentabilidade”, afirmou.
Catástrofes
A engenheira florestal destacou as catástrofes naturais que vêm acontecendo no mundo, a exemplo do fenômeno das voçorocas, no Maranhão, no município de Buriticupu, como sendo uma reação da natureza.
“Isto ocorre devido às agressões à natureza, que atingiu um estágio de exaustão. Estamos acompanhando também, agora, o caso da empresa Braskem, em Maceió (AL), cuja exploração de mineral (sal-gema) entrou em colapso e ameaça abrir uma grande cratera no seu entorno e causar prejuízos a centenas de famílias com a perda de suas casas”, acentuou.
Conscientização
Marci Pantoja disse que é preciso educar as pessoas para o uso sustentável dos recursos naturais, que é hora de virar a chave e olhar essa questão de dentro para fora. “Cada indivíduo deve começar a fazer a sua parte. Pode começar, por exemplo, com o adequado tratamento dos resíduos que produzimos. O que, para mim, é lixo, para outros é uma fonte de renda. Cada um de nós é o meio ambiente. Temos que pensar assim, e cada um fazer a sua parte. A reciclagem é um ingrediente fundamental na nossa prática sustentável”, salientou.
Desafios
“Os estudos sobre o meio ambiente têm de acontecer de uma forma muito dinâmica. Hoje, a natureza não tem um comportamento muito estável, muda muito rápido. Vivemos um momento de muita instabilidade. É preciso uma mobilização global no sentido de estarmos preparados para enfrentar as situações de reação da natureza às agressões que ela vem sofrendo”, defendeu.
FONTE: ALEMA