‘Café com Notícias’ – Médico Roberto Amaral aborda diagnóstico e tratamento do glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular quase sem sintomas, que pode levar à cegueira e acomete quase 12 milhões de brasileiros. Para falar sobre esse problema de saúde, o programa ‘Café com Notícias’ recebeu o médico oftalmologista Roberto Amaral, nesta sexta-feira (21), na TV Assembleia.

“O glaucoma é chamado de ladrão silencioso da visão. Pouco a pouco, ele vai tomando a visão da pessoa”, alertou o especialista, informando que em 80% dos casos a doença é assintomática.

Roberto Amaral enfatizou que 100% da população deve apresentar problemas de pré-miopia a partir dos 40 anos de idade, que é a dificuldade de visão de leitura, bem de perto. Segundo ele, o problema foi intensificado com o advento do celular, usado até mesmo por quem não gosta de ler e prefere os vídeos.

Por isso, o especialista recomendou a consulta anual de rotina a partir dos 40 anos, incluindo exames como os de fundo do olho e de pressão ocular. “O médico tem que ter essa expertise de também procurar o glaucoma”.

Sobre o tratamento da doença, ele ressaltou que hoje há uma gama de colírios e que este é feito à base desses medicamentos, às vezes, combinados.

Como é um processo muito lento, é preciso ficar atento também a alguns sinais do corpo: “A dor do glaucoma é uma dor em pressão, aquela pontada, aquela fisgada. O paciente diz: ‘doutor estou com uma fisgada no fundo do meu olho’. Essa dor já é bem sugestiva de glaucoma ou de pressão ocular alta”, relatou.

Além disso, de acordo com o médico, há a perda da visão lateral. “A pessoa vai perdendo a visão periférica, que vai ficando mais central e tubular. O final do glaucoma é a visão tubular”, declarou, alertando que os riscos são maiores para diabéticos, cardiopatas e hipertensos.

E complementou: “Tudo relacionado à circulação, vai afetar a questão do glaucoma”. Nesse caso, ele citou alguns cuidados a serem seguidos no dia-dia, como não usar o nó da gravata muito apertado, não ficar em posições de yoga que deixam a cabeça muito para baixo ou não utilizar óculos de mergulho apertados.

FONTE: ALEMA